Depois de um dia conturbado, o governo Leite conseguiu aprovar nesta terça-feira (20), o projeto original de reforma do IPE Saúde, que vai pesar justamente no bolso de quem ganha menos.
Na sessão que começou duas horas depois do previsto, o primeiro requerimento de preferência a ser votado foi o da bancada do Partido Liberal, que previa travas escalonadas para as contribuições de acordo com as faixas salariais. 34 deputados ficaram do lado do governo, apoiando o projeto original. No final, o PLC 259/23 foi aprovado com 36 votos favoráveis e 16 contrários.
Líder da bancada do PL, Rodrigo Lorenzoni, que se absteve de votar, defendeu a posição do partido: “alertamos que a intenção do governo era fazer caixa com a contribuição dos usuários do IPE Saúde. Também tínhamos a posição irresponsável da oposição da esquerda. Nossa emenda era a chance do equilíbrio e da recuperação. No entanto, a pressão do governo falou mais alto. Lamentamos, mas respeitamos as decisões de cada um dos colegas e da maioria da Casa. Fica a certeza de que marcamos posição e que defendemos um IPE Saúde justo”.
Para Rodrigo, o governo conseguiu – de novo – reforçar o seu descompromisso com a palavra dada, “mas é importante reforçar que seguimos atentos e não vamos deixar que o governador transforme os usuários do IPE Saúde em devedores solidários da dívida, sem a melhoria dos serviços que oferece ou, o que é pior, sem a garantia da prestação de serviços”.