Na primeira sessão de apreciação, terça-feira (27), foi incluída na PEC a emenda do deputado Luiz Marenco(PDT), que previa a realização de referendo para qualquer alteração nos símbolos. A votação não ocorreu porque houve retirada de quórum.

Nos dias que antecederam a sessão de hoje, os deputados do PSOL, que têm feito oposição à Proposta de Emenda Constitucional, passaram a defender projeto de lei anterior de Marenco com a previsão de referendo. Assim, hoje, mal tinha começado a ordem do dia, o deputado pedetista pediu o microfone de apartes e leu uma nota em que dizia pedir a retirada da emenda da PEC.

Na tribuna, o deputado Rodrigo Lorenzoni lembrou o propósito da PEC de "construir uma possibilidade de defesa constitucional dos nossos símbolos". Rodrigo afirmou que a emenda assinada pelo deputado Marenco entregava a decisão de mudar ou não os símbolos aos gaúchos. "Isso é o que viemos votar. Vossa Excelência pode ter autorização do seu líder para fazer proselitismo com o PSOL, mas não tem autorização dos outros líderes que assinaram. Eu não lhe dei essa autorização. Eu sou do tempo que a palavra vale no RS", disse Rodrigo. E anunciou uma nova emenda para colocar o referendo no texto.

Assim que foi anunciada oficialmente a retirada da emenda de Marenco, o líder do PP, Guilherme Pasin (PP), também descontente porque nenhum líder signatário da emenda foi consultado, pediu a suspensão da sessão por cinco minutos para a coleta de assinaturas necessárias à reapresentação de emenda "que havia sido acordada no colégio de líderes da Casa", lamentou Pasin.

Após a manifestação de deputados contra e a favor da PEC 295/2023, foi feita nova consulta de quórum e constatada a presença de apenas 19 deputados, número insuficiente para a votação de emenda constitucional, a sessão foi suspensa. Na próxima terça-feira (11) a votação da proposta do deputado Rodrigo será mais uma vez retomada.