O deputado Rodrigo Lorenzoni (PL) denunciou hoje na tribuna da Assembleia Legislativa que o Conselho Estadual de Cultura do RS, que ele imaginava estar só conduzindo de maneira errada a Lei de Incentivo à Cultura, pode estar também usando critérios ideológicos para tomar decisões sobre quem pode ou não captar recursos através da LIC.
Desde o início do ano, quando passaram a valer os novos critérios de credenciamento e de desempate, produtores de eventos importantes como o Feira de Livro de Porto Alegre, a Expointer, que acontece em Esteio, e o Musicanto, de Santa Rosa, vem avisando que sem a captação de recursos através da LIC, terão dificuldades para manter na programação as atrações planejadas e já consagradas pelo público gaúcho. No entanto, um evento de nome Morrostock, definido nas redes sociais como “festival imersivo e de acampamento”, conseguiu ser credenciado pelo Conselho a captar R$ 350 mil.
De acordo com Rodrigo, nada contra a realização do festival, mas tudo contra financiá-lo com recursos públicos. “A presidente do Conselho justificou que a Expointer cobra ingresso e por isso não estava apta a receber recursos da LIC. Pois o Morrostock cobra ingresso de R$300 no “lote comuna”, e ainda faz apologia às drogas e se posiciona ideológica e politicamente contra tudo que aqui defendemos. Com o nosso dinheiro, não pode!”, alertou Rodrigo.
Analisar e contribuir para o aperfeiçoamento dos critérios de avaliação e seleção de projetos LIC é a pauta de subcomissão que tem na relatoria o deputado Rodrigo Lorenzoni.