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"O governo quer tirar dessa Casa o direito de discutir a dívida do RS", diz Rodrigo Lorenzoni

O deputado Rodrigo Lorenzoni (PL) participou nesta quarta-feira (27), da reunião da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, cuja pauta previa a votação de pareceres de projetos de lei, de requerimentos de audiências públicas e do Relatório Final da Subcomissão pela Regulamentação Apostas Esportivas.

Um dos requerimentos de audiência pública era do presidente da Comissão, Gustavo Victorino (Rep), que previa a realização de um “Debate sobre a Evolução da Dívida Pública do Rio Grande do Sul”. O requerimento não chegou a ser votado porque a base do governo se retirou da reunião, que ficou sem quórum.

O governo se incomoda com a verdade

Antes, nos encaminhamentos, Rodrigo Lorenzoni já havia se manifestado favoravelmente à audiência. Ele lembrou que, durante a campanha eleitoral, todos os pré-candidatos manifestavam preocupação com os termos do Regime de Recuperação Fiscal assinado pelo governo no final de 2021, exceto o atual governador. “Agora, quando o Eduardo Leite e a secretária da Fazenda, que veio aqui, falam que a dívida é impagável, dão alguns motivos externos. Mas aí, quando questionamos onde está o problema, objetivamente, aparece o indexador da dívida. Nós já havíamos alertado que qualquer mudança no cenário econômico inviabilizaria o RRF. Quando foi votado o RRF aqui na Casa, houve ameaças e constrangimento dos deputados para a aprovação a toque de caixa. Tudo porque o governador queria esse reconhecimento. Essa audiência requerida será a oportunidade de, sem a pressão eleitoral, a gente identificar onde houve erro”.

Sobre a retirada do quórum para que não fosse votada a realização da audiência pública, Rodrigo foi incisivo: – “A base do governo não têm coragem de sustentar o debate, porque o assunto é grave. O governo se incomoda com a verdade, prefere criar narrativas e propaganda. “Aliás, na lei orçamentária que vamos votar tem R$ 80 milhões para propaganda e apenas R$ 10 mil para o Programa Juro Zero, para recuperar a economia das cidades atingidas. Eles querem tirar dessa Casa o direito de discutir algo que impacta as atuais e as futuras gerações de gaúchos. E têm dificuldade de sustentar esse debate, porque ali adiante aparecerão as impressões digitais”.

Antes de encerrar a reunião, Gustavo Vitorino manifestou sua decepção e fez um apelo para que o Palácio Piratini revisse sua posição.

Foto Rodrigo Savedra

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