Na terça-feira (03), o presidente Vilmar Zanchin (MDB) anunciou que a Assembleia Legislativa vai fazer mais um repasse financeiro ao Governo do Estado, para auxílio aos municípios afetados pelas enchentes. Dessa vez, serão R$ 30 milhões.
Uma semana após os eventos climáticos que atingiram o vale do Taquari, em 12 de setembro, o plenário da Assembleia Legislativa do RS aprovou o primeiro repasse de R$ 20 milhões para auxílio aos desabrigados e recuperação dos municípios.
Assim como a Assembleia, que no total destinará R$ 50 milhões da reserva de contingência da Casa, também o Ministério Público do RS repassou R$ 5 milhões para o governo do Estado.
Nessa quarta-feira (04), estão repercutindo na imprensa gaúcha as informações de autoridades e de moradores da região dos vales de que há muito que reconstruir e poucos recursos chegando. Em off, o que dizem que houve “muito anúncio e nada de recurso liberado”. Um levantamento publicado no jornal ZH mostra que dos primeiros R$ 25 milhões que o governo recebeu da ALRS e MPRS, só 10,8% foi disponibilizado.
O deputado Rodrigo Lorenzoni, líder da bancada do PL, foi à tribuna da ALRS para dizer que está preocupado com a urgência da população, que já sofreu tanto, e com a morosidade do governo do RS. “Mesmo com os recursos disponíveis, a ajuda ainda não está chegando a quem precisa. A ‘Volta por Cima’ não pode ficar só no papel e na propaganda. Aprovamos na Assembleia a destinação de recursos, queremos que eles sejam repassados à população na medida de suas necessidades e vamos estar atentos, acompanhando, apontando incoerências e omissões e propondo melhores alternativas”, afirmou Rodrigo.
Para encerrar a fala, o deputado lembrou o caso de uma gestante dormindo no chão em um ginásio de Estrela, pedindo uma casa para recomeçar a vida, e os recentes acontecimentos do final de semana, quando vídeo do governador se divertindo em show em São Paulo viralizou. “Será que não poderia chegar um apoio ou recursos para essa gestante alugar uma casa? É isso que o governo precisa responder. Menos arerê e mais trabalho!”, disse o deputado.