Foi anunciada hoje, por integrantes do governo, a retirada de projeto do governador que, pela segunda vez, tentava aumentar o ICMS do RS, nesse segundo mandato de Eduardo Leite. Da mesma forma, a secretária da Fazenda, Pricilla Santana, o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e o Procurador Geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, também protagonizaram o anúncio de que começam a vigorar amanhã os decretos que cortam incentivos fiscais de 64 setores, incluindo a cesta básica. Só escaparam dos decretos, por enquanto, ovos, frutas, legumes e verduras.
O deputado Rodrigo Lorenzoni se manifestou nas redes sociais e, em entrevista à Rádio Guaíba, disse lamentar que nesse momento em que o estado passa por tanta dificuldade devido às cheias, seja anunciado um aumento de impostos na cesta básica. “Isso revela uma face até então desconhecida do governo do estado, uma face cruel e um ato covarde. O governador não teve a dignidade de ir aos microfones fazer esse anúncio”, lamentou o deputado, afirmando que quando foi apresentado projeto similar, no final do ano passado, e novamente agora, a Assembleia de forma praticamente unânime, rejeitou. “Não por capricho dos deputados, não por insensibilidade, mas porque ouviram a sociedade gaúcha, que representamos. E quando o governador insiste em impor decretos de forma quase que monárquica, ele, na nossa avaliação, também está realizando um ato antidemocrático” afirmou.
Para Rodrigo, a arrecadação do estado está aumentando, há perspectiva de que a receita vai crescer, vem aí uma boa safra e não há necessidade de antecipar uma discussão sem esperar o resultado do ano. “O caminho que o governador está tentando impor ao Rio Grande do Sul não é o caminho que o povo gaúcho deseja e é um caminho que não deu certo em um lugar nenhum do mundo”, afirma.
O líder do PL também assegurou que seguirá trabalhando muito para derrubar os decretos do governador. “Ele não mudou o contexto dos decretos. Ele só prorrogou o início de vigência de alguns itens e mantém uma chantagem posta no ar. E aí os nossos PDL que estão tramitando na Assembleia surgem como uma alternativa para a gente sustar esses ‘decretos do fim do mundo’.