O Holocausto e o Sionismo, dentro do currículo educacional, não poderão ser ensinados ou ter abordagem disciplinar sob os prismas do negacionismo ou do revisionismo histórico. Esse é o principal objetivo do Projeto de Lei que o deputado Rodrigo Lorenzoni apresentou nesta quarta-feira (01), na Assembleia Legislativa do RS.
O projeto também estabelece que quando abordados esses temas, os professores deverão munir os alunos com ferramentas que permitam a identificação de discursos de ódio. Assim, eles serão preparados para exercer sua cidadania com mais responsabilidade.
A justificativa do PL traz um texto da Confederação Israelita do Brasil sobre o que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas decidiram exterminar os judeus na Europa. Cerca de 6 milhões de pessoas – 70% da comunidade judaica – foram assassinadas, porque um Estado deliberadamente implementou uma política de extermínio de um povo inteiro.
Em São Paulo, lei similar sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas na segunda-feira (30), não permite mais a relativização do genocídio de judeus, nem a apologia ao nazismo, quando se ensina a respeito do tema.
Para Rodrigo Lorenzoni, o Holocausto é um evento inegável e não deve ser interpretado de maneira distorcida. “Temos acompanhado estarrecidos manifestações da esquerda que igualam os recentes ataques premeditados do grupo terrorista Hamas à ação militar do exército isralense. Assim como no Holocausto, não há relativização possível para o que está acontecendo. Essa régua que iguala terrorista que ataca para matar – com uma crueldade insana – e quem se defende para não morrer já está chegando às salas de aula. Esse projeto é um freio à tentativa de doutrinação dos alunos”, afirma o deputado.