A Subcomissão de Acompanhamento da Retomada Econômica Pós-Enchentes de 2024 realizou, nesta segunda-feira (08), mais uma importante reunião de trabalho, desta vez no município de São Sebastião do Caí, que sofreu grande destruição causada por uma das piores enchentes da história do município. O encontro ocorreu no auditório do campus da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e foi presidido pelo deputado estadual Rodrigo Lorenzoni, que lidera os trabalhos da subcomissão na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
A audiência reuniu autoridades regionais, prefeitos, vice-prefeitos, empresários e lideranças políticas, num esforço conjunto para discutir soluções efetivas para a reconstrução e o fortalecimento econômico dos municípios atingidos pelas enchentes. Estiveram na mesa principal, ao lado de Rodrigo Lorenzoni, o prefeito de São Sebastião do Caí, João Marcos Duarte Guará, a diretora do campus da UCS, Cláudia Ramos; o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (COREDE) Vale do Caí, Alzir Aluísio Bach; e o presidente do CDL local, Rosano Adam Goulart.
Na plateia, marcaram presença prefeitos da região, como Kiko Hoff, de Portão, e Cristina Reinheimer, de Pareci Novo – cuja economia depende quase que totalmente da agricultura, que foi severamente impactada com as enchentes – além de representantes do setor empresarial e de entidades.
Durante sua fala de abertura, o deputado Rodrigo Lorenzoni apresentou os principais pontos discutidos nas reuniões anteriores realizadas em Porto Alegre, Alvorada e Guaíba, destacando a importância de ouvir as diferentes regiões atingidas e construir soluções em parceria com poder público.
Entre as principais demandas levantadas pelos participantes da reunião em São Sebastião do Caí, destacam-se:
– A necessidade urgente de um estudo técnico e abrangente para toda a bacia do Rio Caí, com o objetivo de propor um projeto definitivo de prevenção às enchentes. “Soluções paliativas não bastam. A cada nova cheia, a população se endivida e perde tudo novamente”, foi o alerta de lideranças presentes.
– Preocupações com as linhas de crédito oferecidas pelo governo: “É como um investimento. Se as empresas têm queda de faturamento, como pagar o financiamento?”, questionaram empresários da região.
– A taxa de juros elevada e cláusulas que exigem a manutenção de funcionários têm inviabilizado o acesso aos recursos.
– A retomada da navegação no Rio Caí foi apontada como estratégica para o escoamento da produção, destacando-se a necessidade de dragagem da hidrovia e de maior celeridade nas licenças ambientais.
– A Reforma Tributária também foi motivo de apreensão, sobretudo para os pequenos municípios, que deverão ser os mais impactados.
Após ouvir atentamente todas as manifestações, o deputado Rodrigo Lorenzoni adiantou algumas das medidas que a subcomissão deverá propor para a retomada econômica dos municípios gaúchos atingidos e reafirmou o compromisso da subcomissão em levar as reivindicações ao governo do Estado, ao parlamento gaúcho, à bancada federal e às instâncias necessárias para garantir respostas rápidas e efetivas. “Nosso papel é escutar, reunir as propostas e transformar essas demandas em políticas públicas concretas. O momento exige união, planejamento e medidas ousadas para garantir a retomada da atividade econômica e a dignidade das famílias atingidas”, concluiu o deputado.
A Subcomissão segue com agendas em Lajeado e Canoas, ampliando o diálogo com os municípios e construindo, de forma participativa, um plano de retomada robusto para o Rio Grande do Sul.
